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domingo, 16 de novembro de 2014

Vila Rica de Ouro Preto

Ê ...Ouro Preto!
Subi e desci ladeiras
Como num manto de Nossa Senhora
Lavadas de sangue e açoite
De brancas Joias gananciosas
Da fé, do negro em senzala.
No sonho em que se prendia as correntes
Moléstias de pele
Ambições descrentes

Lá vai...Ê Ouro Preto é semente.
Ainda ecoa nos ares; os gritos dos inconfidentes...

Ainda transborda nos sinos os  sonhos de liberdade
E as gemas cintilam
Translucidas somente
São capazes de despertar desejos só dos descentes.

preso a matéria
preso as serpentes....

E corre ladeira afora
Tricentenárias  reluzentes
Com histórias do Ouro  em
Cada chão e vertente...

Com versos do poeta mor
No Museu dos Inconfidentes.
Onde a maçonaria sempre
esteve presente...

E brilham ouros e gemas
Em minérios consistentes
Nãos se planta, não se colhe
Só trocas entre tropas existentes
Reluz o branco dos lenços
De Marília de Dirceu e seu amor inexistente;
Interrupto , desprovido.
De aceito ser como a vida lhe permite
Amar.... Ah Amar... era tão difícil propagar...
Moças virgens presas em seus quartos sem janelas
Abrem como flor, crescem como donzelas
E no desabrochar da vida, são escolhidas como
Roupas amarelas
Ai delas se tivessem suas vontades?
Seus desejos mais secretos
Contidos como libertinagem.

Passo as horas sobre os livros
Debruçada em seus tempos
Esmaecidos mais convictos
De que o amor resiste ao tempo.
Há de esperar; e ele há de vir
Ao som das tropas da cavalaria sem fim
Ao tremer das pedras ungidas por escravos
Ao despir ladeiras seminuas
Em sangues lavados...

E lavabos anfitriões
 me recebem e me despem
me permitem e me
vestem com um balsamo
eloquente :
Ah Vila Rica : Eu te amo!
                                                                       Angélica Tiso






 Vila Rica de Ouro Preto

Ê ...Ouro Preto!
Subi e desci ladeiras
Como num manto de Nossa Senhora
Lavadas de sangue e açoite
De brancas Joias gananciosas
Da fé, do negro em senzala.
No sonho em que se prendia as correntes
Moléstias de pele
Ambições descrentes

Lá vai...Ê Ouro Preto é semente.
Ainda ecoa nos ares; os gritos dos inconfidentes...

Ainda transborda nos sinos os  sonhos de liberdade
E as gemas cintilam
Translucidas somente
São capazes de despertar desejos só dos descentes.

preso a matéria
preso as serpentes....

E corre ladeira afora
Tricentenárias  reluzentes
Com histórias do Ouro  em
Cada chão e vertente...

Com versos do poeta mor
No Museu dos Inconfidentes.
Onde a maçonaria sempre
esteve presente...

E brilham ouros e gemas
Em minérios consistentes
Nãos se planta, não se colhe
Só trocas entre tropas existentes
Reluz o branco dos lenços
De Marília de Dirceu e seu amor inexistente;
Interrupto , desprovido.
De aceito ser como a vida lhe permite
Amar.... Ah Amar... era tão difícil propagar...
Moças virgens presas em seus quartos sem janelas
Abrem como flor, crescem como donzelas
E no desabrochar da vida, são escolhidas como
Roupas amarelas
Ai delas se tivessem suas vontades?
Seus desejos mais secretos
Contidos como libertinagem.

Passo as horas sobre os livros
Debruçada em seus tempos
Esmaecidos mais convictos
De que o amor resiste ao tempo.
Há de esperar; e ele há de vir
Ao som das tropas da cavalaria sem fim
Ao tremer das pedras ungidas por escravos
Ao despir ladeiras seminuas
Em sangues lavados...

E lavabos anfitriões
 me recebem e me despem
me permitem e me
vestem com um balsamo
eloquente :
Ah Vila Rica : Eu te amo!
                                                                       Angélica Tiso