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domingo, 3 de maio de 2020

Bailarina
     Á Cecília Fernanda

Baila
Baila
Bailarina...

rima a ponta
das tuas sapatilhas
nas tuas manias
e fica a dança, quase tonta

Baila 
Baila
Bailarina...

embala teus sonhos e conta
tua história, são como ilhas
formanfo sonhos e fantasias
em torno, embala e pronta
...corre, brilha!

Baila 
Baila
Bailarina...

enlaço teus sonhos
em minh'alma de menina
menina mulher
moça , criança
me acolhe em teus sonhos
e me faça descobrir toda a 
verdadeira fantasia que é
Viver!


Angélica Tiso.

sexta-feira, 1 de maio de 2020


Velho Moinho
                      Angélica Tiso.

O silêncio do moinho
Modifica a paisagem
Enquanto o moinho
Trabalha a cachoeira
Corre ... trabalha... brinca...
Com a água da cachoeira
Que sobe, desce, cai...
E escorrega pelo velho
Moinho de madeira
Já cansado do trabalho
Rangendo com o tempo
Descansa ... pára ... e sonha
E o moinho se perde no escuro
E o moinho não quer mais trabalhar
Do grão á farinha
Trabalha o moinho
A água da mina
Afoga a ilusão
E o moinho se cansa com o tempo
E o moinho pára :
Pra pensar...

domingo, 16 de novembro de 2014

Vila Rica de Ouro Preto

Ê ...Ouro Preto!
Subi e desci ladeiras
Como num manto de Nossa Senhora
Lavadas de sangue e açoite
De brancas Joias gananciosas
Da fé, do negro em senzala.
No sonho em que se prendia as correntes
Moléstias de pele
Ambições descrentes

Lá vai...Ê Ouro Preto é semente.
Ainda ecoa nos ares; os gritos dos inconfidentes...

Ainda transborda nos sinos os  sonhos de liberdade
E as gemas cintilam
Translucidas somente
São capazes de despertar desejos só dos descentes.

preso a matéria
preso as serpentes....

E corre ladeira afora
Tricentenárias  reluzentes
Com histórias do Ouro  em
Cada chão e vertente...

Com versos do poeta mor
No Museu dos Inconfidentes.
Onde a maçonaria sempre
esteve presente...

E brilham ouros e gemas
Em minérios consistentes
Nãos se planta, não se colhe
Só trocas entre tropas existentes
Reluz o branco dos lenços
De Marília de Dirceu e seu amor inexistente;
Interrupto , desprovido.
De aceito ser como a vida lhe permite
Amar.... Ah Amar... era tão difícil propagar...
Moças virgens presas em seus quartos sem janelas
Abrem como flor, crescem como donzelas
E no desabrochar da vida, são escolhidas como
Roupas amarelas
Ai delas se tivessem suas vontades?
Seus desejos mais secretos
Contidos como libertinagem.

Passo as horas sobre os livros
Debruçada em seus tempos
Esmaecidos mais convictos
De que o amor resiste ao tempo.
Há de esperar; e ele há de vir
Ao som das tropas da cavalaria sem fim
Ao tremer das pedras ungidas por escravos
Ao despir ladeiras seminuas
Em sangues lavados...

E lavabos anfitriões
 me recebem e me despem
me permitem e me
vestem com um balsamo
eloquente :
Ah Vila Rica : Eu te amo!
                                                                       Angélica Tiso






 Vila Rica de Ouro Preto

Ê ...Ouro Preto!
Subi e desci ladeiras
Como num manto de Nossa Senhora
Lavadas de sangue e açoite
De brancas Joias gananciosas
Da fé, do negro em senzala.
No sonho em que se prendia as correntes
Moléstias de pele
Ambições descrentes

Lá vai...Ê Ouro Preto é semente.
Ainda ecoa nos ares; os gritos dos inconfidentes...

Ainda transborda nos sinos os  sonhos de liberdade
E as gemas cintilam
Translucidas somente
São capazes de despertar desejos só dos descentes.

preso a matéria
preso as serpentes....

E corre ladeira afora
Tricentenárias  reluzentes
Com histórias do Ouro  em
Cada chão e vertente...

Com versos do poeta mor
No Museu dos Inconfidentes.
Onde a maçonaria sempre
esteve presente...

E brilham ouros e gemas
Em minérios consistentes
Nãos se planta, não se colhe
Só trocas entre tropas existentes
Reluz o branco dos lenços
De Marília de Dirceu e seu amor inexistente;
Interrupto , desprovido.
De aceito ser como a vida lhe permite
Amar.... Ah Amar... era tão difícil propagar...
Moças virgens presas em seus quartos sem janelas
Abrem como flor, crescem como donzelas
E no desabrochar da vida, são escolhidas como
Roupas amarelas
Ai delas se tivessem suas vontades?
Seus desejos mais secretos
Contidos como libertinagem.

Passo as horas sobre os livros
Debruçada em seus tempos
Esmaecidos mais convictos
De que o amor resiste ao tempo.
Há de esperar; e ele há de vir
Ao som das tropas da cavalaria sem fim
Ao tremer das pedras ungidas por escravos
Ao despir ladeiras seminuas
Em sangues lavados...

E lavabos anfitriões
 me recebem e me despem
me permitem e me
vestem com um balsamo
eloquente :
Ah Vila Rica : Eu te amo!
                                                                       Angélica Tiso






quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Amanhece...
E as janelas acordam
Não há mistério no sentir
Há apenas o sentir.
No desenrolar dos pensamentos
Os sonhos feitos novelos
E a linha à se soltar...
Assim como palavra dita
que não volta 
e ecoa seu som no infinito o infinito é tão lindo !
Tem suas textura plena em tons
Tons inigualáveis , assim como os da imaginação
Que não são palpáveis, mas que para nós
São reais...
Na verdade, amanheci em poesia. 
Adorei a foto Ronaldo Ronald Peret 
Lindo seu olhar sobre Ouro Preto.
Angélica Tiso 

— em Ouro Preto

segunda-feira, 21 de maio de 2012

DOM

            
                                DOM
                       É O  TOM 
                                 SIM
                             TONIA
                                                    ( da alma ).

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Poesia é assim ..pode estar no céu
nas nuvens
debaixo do travesseiro
me acordando de madrugada...
Poesia
é um sorriso
inoscente.
Calado
de alguém que mesmo na solidão...
É feliz !

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

PRA ME PERDER E
ME ENCONTRAR


Se todas as flores fossem em tons de azuis ?
Todos meus caminhos cruzam com você
Meus passos cansados querem
Te ver
Meu sorriso quer encontrar
Você


Se o dia acorda e o olho
não vê
Uma gaivota nascer no céu
Procuro seu ninho e com meu
Chapéu
Vôo mais distante pra
te sentir


E nas esquinas do meu viver
Do meu corpo aflito onde
encontrar ?
Teus carinhos muitos pra me
Perder
...Pra me encontrar !

Angélica Tiso
MISTÉRIO


O espelho do meu quarto
Quebrou.
E ficaram pedaços :
de olhos
bocas
palavras
pernas
seios
coxas
dentes
braços
abraços
sorrisos
lágrimas
dores...
d i s p e r s o s pelo chão.
No espelho do meu quarto
ficou :
marcado para sempre
a ilusão.

Angélica Tiso


Obs. : esta poesia venceu o concurso FESP ( Festival Estadual de Poesia)realizado em Ipatinga –MG
Qualquer Hora


O tempo passa em cada tempo , arrastando as horas
Arrastando o tempo.
O tempo passa em cada toque do relógio da sala
Do relógio dos meus sentimentos.
O tempo passa em cada momento, confundindo as horas
Deixando-me assim...
O tempo passa em cada tempo, perdendo – se em cada um


de nós.



Angélica Tiso
TONS DE JOBIM



Tom Jobim
Se a nota tem o dom
De encantar
As flores do jardim
Nas notas musicais; na sua cor

Brilha o som azul do sonho
Cantar e florir a alma
Fazer sorrir o coração
Depois sentir a gota
De um beijo que escorre pela boca.

Tons de cores
Notas suaves Jobim
Luiza mulher e lua
Traz a noite num sorriso
E no olhar a nostalgia
De um amor verdadeiro
Assim como por inteiro
Seu corpo consome a melodia
Que entranha no meu querer
E faz o corpo TREMER... e alma
Vibrar de emoção!


Angélica Tiso
PUPILAS E AZUIS


O abraço trouxe a noite...
O frio escureceu meus olhos
E eu não pude enxergar.
Tentei ouvir o verde
O azul me impediu de olhar
Em seus olhos.
Vi nascer o amor
Vim buscar :
Aquele sorriso desbotado
Soluçando ao sol
Meu nome esquecido
No seu pensamento.
Era de manhã
O amanhecer foi calmo...
Na íris dos seus olhos eu pude ver.
E nas pupilas crer :
Tudo que quero é você.

Angélica Tiso
Conhecendo Minas Gerais em Prosa e Verso.


Minas da Minas Gerais ,Meninas de flor, de perfume ,
Mar de montanhas
Montanhas de mar.
Minas de cana-de-açúcar.
Do mel da garapa
Do engenho rangendo...
Minas do café preto,
Vermelho no pé, secando no terreiro,
Cheiroso na xícara.
Minas das Minas Gerais
A terra do uai.
Minas com suas meninas
Subindo e descendo
Montanhas de tons diferentes
De um verde tranqüilo.
Minas do carro de boi,
Da fazenda e do bolo de fubá ,
Fogão à lenha, tutu com torresmo,
Angu com arroz pro jantar !
Minas é um gosto de cana
Perfume de flor,
Brisa da cascata da cachoeira
Que refresca a montanha !
Minas da linha do trem,
Da Maria Fumaça Pre - gui - ço - sa e lenta
Corta o coração das montanhas....
E passa ...e passa...e passa.....
Minas ! Ah ! Minas das minhas meninas....
Flor inerte da primavera
Floresce o Brasil com sua graça
E sua meninice.
Minas sapeca
Com este nariz tão grande
De pessoas diferentes
Abraça o rio São Francisco
Rio manso, tão tranqüilo ...
Que esconde tantas estórias de pescador....
Com seus barcos simples
Colorindo o rio, enriquecendo estórias...
Minas das minhas meninas
Das casas antigas,
Históricas, onde guardam histórias.
Terra que esconde o ouro
E preciosa pedra no silêncio da terra.
Minas do mineiro quieto, desconfiado,
De um povo alegre que constróe na
Simplicidade as bases mais sólidas !
Minas de Minas,
Da rapadura e do queijo uai !
Do verso e da rima,
Da folia de Reis
Do folclore do povo.
Minas de tantas histórias
Pra se encantar , se ver
Ouvir e ficar,
Escutando toda tarde
O barulhinho do vento...
Contando histórias pros bichos....
Minas é vontade de ficar !
Minas de Bituca ( Milton nascimento)
Pelé , Juscelino Kubitschek , Wenceslau Brás ,
Artur Bernardes, Aureliano Chaves
E Wagner Tiso.
Minas do poder
Da música e da poesia,
Minas em prosa e verso.
Minas será sempre : Poesia !

Angélica Tiso
DE NOME TISO



Sou Tiso em nome
Corpo, sangue e poesia
Cachos ciganos meus cabelos
Pés no chão.....
E vida !
Minha pele é morena
Morena de sol
Meu destino?
Cabem na palma da mão!
Cantar, amar, sofrer...
Formas de melancolia
Transformadas num “ ser “


A vida é sílaba
- palavra mãe –
Ouro das pedras.
As águas andarilhas
Confortam a sede
A sabedoria caminha
- braços dados -

São anos e anos
Milhares de gerações...
E os ciganos vivem
Alegres , cantando....
A vida através da rima
Ao som inigualável do sax
Cochila a acordeom
o pandeiro dispersa...
E a orquestra ... Sintonizada
Conta, cantando em sons ,


Como bate nos Tisos
Um coração....

Angélica Tiso
Inventando Estórias

O Folclore tem mil faces
Estórias que eu sei contar
Poesia e muita prosa
Um tre-lê-lê
Um trá-lá-lá

Aves, bichos , lobisomens
Tentam vir nos assombrar !
Trabalhar com o pensamento
E ver nas lendas o que há?

Tem cantiga , roda e canto
Trocadilhos, trava-línguas
Lendas, mitos, poesias
Sem falar nas adivinhas !

O folclore é muito assunto
Causos, contos, dá aflição !
De vermos que neste mundo
Vemos um outro de ilusão!

E as parlendas
Como contam ?
Cantigas, cantadas com emoção
É pular sair cantando com o coração!

Cada cantiga , tem sua estória
Cada região , sua cultura
Neste Brasil tão extenso
Folclore é o tesouro do nosso povo
Mostra a raça, mostra a garra, deste povo ;
... que vive inventando estórias !